NASA: Descobertos 7 planetas semelhantes à Terra
Uma equipa internacional de astrónomos, incluindo a portuguesa Catarina Fernandes, detetou fora do sistema solar sete planetas semelhantes à Terra, onde a água, elemento fundamental para a vida, poderá existir em estado líquido em pelo menos três deles.
Os sete exoplanetas (planetas fora do Sistema Solar) têm um tamanho e uma massa aproximados ao da Terra e orbitam uma estrela anã extremamente fria, a TRAPPIST-1, localizada a cerca de 39 anos-luz da Terra (+/- 369,000,000,000,000 de Kilometros), revela o estudo da equipa, divulgado hoje pela revista científica Nature.
Apesar de a estrela ser ‘ultrafria’, o estudo sugere que em seis dos planetas extrassolares potencialmente habitáveis, os que estão mais perto da TRAPPIST-1, a temperatura à superfície pode oscilar entre os 0ºC e os 100ºC.
O grupo de cientistas estima que estes seis planetas sejam rochosos como a Terra.

The seven planets of TRAPPIST-1 are all Earth-sized and terrestrial, according to research published in 2017 in the journal Nature. TRAPPIST-1 is an ultra-cool dwarf star in the constellation Aquarius, and its planets orbit very close to it.
The system has been revealed through observations from NASA’s Spitzer Space Telescope and the ground-based TRAPPIST (TRAnsiting Planets and PlanetesImals Small Telescope) telescope, as well as other ground-based observatories. The system was named for the TRAPPIST telescope.
NASA’s Jet Propulsion Laboratory, Pasadena, California, manages the Spitzer Space Telescope mission for NASA’s Science Mission Directorate, Washington. Science operations are conducted at the Spitzer Science Center at Caltech in Pasadena. Spacecraft operations are based at Lockheed Martin Space Systems Company, Littleton, Colorado. Data are archived at the Infrared Science Archive housed at Caltech/IPAC. Caltech manages JPL for NASA.
A investigação surge na continuidade de uma outra, em que a equipa de astrónomos, liderada por Michaël Gillon, da Universidade de Liège, na Bélgica, concluiu haver três exoplanetas em torno da estrela anã, mais pequena do que o Sol.
Motivado pela descoberta, anunciada em maio, o grupo, do qual faz parte Catarina Fernandes, encetou uma campanha de monitorização fotométrica (medição da luz) da estrela, a partir de telescópios espaciais, como o Spitzer, e terrestres, que permitiu identificar mais quatro exoplanetas no sistema estelar TRAPPIST-1.
No trabalho agora publicado, e que levou a agência espacial norte-americana NASA, que opera o telescópio Spitzer, a convocar uma conferência de imprensa para hoje, Michaël Gillon e colegas ressalvam que são necessárias mais observações para caraterizar em pormenor os planetas, em particular o sétimo, o mais afastado da estrela e cujo período orbital e interação com os restantes planetas continua a ser um mistério.
A estrela anã deve o seu nome ao telescópio belga TRAPPIST, instalado no Chile.
Em agosto, uma outra equipa internacional de investigadores, liderada pelo astrónomo Guillem Anglada-Escudé, da universidade britânica Queen Mary, anunciou a descoberta de um planeta extrassolar a orbitar a estrela mais perto do Sol, a Próxima de Centauro, uma anã vermelha relativamente fria localizada a 4,22 anos-luz da Terra.
De acordo com o grupo de cientistas, o planeta em causa, o mais próximo da Terra, o Próxima b, tem uma temperatura adequada para ter água líquida à sua superfície, pelo menos nas regiões mais quentes, e eventualmente vida tal como se conhece.
Ao contrário dos exoplanetas do estudo hoje divulgado, o Próxima b tem uma massa 1,3 vezes superior à da Terra. O clima do Próxima b é igualmente muito diferente do do ‘planeta azul’, sendo pouco provável que tenha estações devido à sua rotação e à forte radiação emitida pela sua estrela.
While TRAPPIST-1b, c and d are too close to be in the system’s likely habitable zone, and TRAPPIST-1h is too far away, the planets’ discoverers say more optimistic scenarios could allow any or all of the planets to harbor liquid water. In particular, the strikingly small orbits of these worlds make it likely that most, if not all of them, perpetually show the same face to their star, the way our moon always shows the same face to the Earth. This would result in an extreme range of temperatures from the day to night sides, allowing for situations not factored into the traditional habitable zone definition. The illustrations shown for the various planets depict a range of possible scenarios of what they could look like.
The system has been revealed through observations from NASA’s Spitzer Space Telescope and the ground-based TRAPPIST (TRAnsiting Planets and PlanetesImals Small Telescope) telescope, as well as other ground-based observatories. The system was named for the TRAPPIST telescope.
NASA’s Jet Propulsion Laboratory, Pasadena, California, manages the Spitzer Space Telescope mission for NASA’s Science Mission Directorate, Washington. Science operations are conducted at the Spitzer Science Center at Caltech in Pasadena. Spacecraft operations are based at Lockheed Martin Space Systems Company, Littleton, Colorado. Data are archived at the Infrared Science Archive housed at Caltech/IPAC. Caltech manages JPL for NASA.
Fev. 22, 2017
Fonte: SAPO24.pt / NASA.gov